domingo, 11 de setembro de 2011

"Margarida, para que recordar agora uma felicidade, que não pode mais voltar!



-Pode... porventura não estamos juntos?... eu era tua irmãzinha naquele tempo; agora tu és padre, e eu ainda sou tua irmã, e quero morrer nos teus braços...

- Cala-te, Margarida!... Ai de mim! é agora que avalio a felicidade, que perdi. Ah! perdão, perdão, meu Deus!... eu blasfemo! - interrompeu-se o padre batendo com a mão nas faces.

- Não perdeu nada - replicou Margarida com meiguice -, ganhou muito; estas mãos foram feitas para o altar... como são alvas e bem feitas!


Falando assim a moça tomava entre as suas as mãos de Eugênio, e as beijava não com o respeito devido a um padre, mas com toda a ternura e ardor febril da paixão. Ao contato daqueles lábios mórbidos e frementes, Eugênio sentiu uma estranha vibração agitar-lhe todo o corpo, e o filtro delicioso da volúpia coar-lhe até o âmago do coração. Assustado, levantou-se bruscamente, e ia a sair de carreira pela porta afora. Margarida o deteve pelo braço.

- Por quem é não vá embora - disse-lhe com súplice ternura.
O padre não insistiu; cedendo a uma fatal fascinação tornou a sentar-se junto de Margarida. O corpo lhe tremia todo, a fronte gotejava suor em bagas, e os olhos lhe desmaiavam frouxos em langor voluptuoso."(Bernardo Guimarães

O SEMINARISTA)









Eu não sei, de onde vem

Essa força que me leva pra você
Eu só sei que faz bem
Mas confesso que no fundo eu duvidei
Tive medo, e em segredo
Guardei o sentimento e me sufoquei
Mas agora, é a hora
Eu vou gritar pra todo mundo de uma vez
Eu tô apaixonado
Eu tô contando tudo
E não tô nem ligando pro que vão dizer
Amar não é pecado
E se eu tiver errado
Que se dane o mundo
Eu só quero você♪♫♪











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